
 
  
Xérox é, sem dúvida, a pronúncia da língua de modalidade culta.
    Apresentarei algumas justificativas para essa grafia:
    Primeira
  Em português, todas as palavras dissílabas terminadas em x são paroxítonas: bórax, tórax, dúplex, látex, fênix, cóccix, ônix, enfim, todas.
    Não devemos considerar aqui aquelas palavras criadas, em salas de publicidade, por pessoas descomprometidas com a coerência, palavras sem etimologia, sem história, tais como: sedex, lubrax, mentex, etc.
    Segunda
  Xérox nos vem do nome comercial inglês XEROX (em inglês as palavras não têm acento gráfico, mas a sílaba forte é a xe), que tem origem no grego XÉROS (e não XERÓS), que significa seco, escuro. 
    Terceira
  O mesmo radical é encontrado em XEROFTALMIA, XEROGRAFIA, FILOXERA, cuja vogal da sílaba xe possui timbre aberto, comprovando mais uma vez a prosódia xérox.
    Quarta
  Existe um dicionário brasileiro, reformulado e atualizado, que, na sua última edição, já corrigiu o que trazia em edições anteriores: o verbete agora é xérox, e não mais xerox.
    A propósito, a palavra xérox não tem plural: duas xérox, cinqüenta xérox, etc.
    Acredito que a confusão surja devido ao fato de a palavra ter a mesma grafia, tanto no português, quanto no inglês. Porém, deve prevalecer a tonicidade e a etimologia da palavra. É como a palavra táxi, que em português é escrita dessa forma (palavra paroxítona terminada em i), porém em inglês é escrita taxi (com a sílaba forte no ta, por ser paroxítona, mas sem o acento gráfico, já que em inglês não existe acento gráfico).
    Infelizmente, alguns dicionaristas e gramáticos estão equivocados com relação à grafia da palavra xérox, pois não há justificativa plausível para a grafia xerox. A única forma de explicar a confusão é que a grafia inglesa está tomando conta da grafia portuguesa. E, o que é pior, pessoas com boa formação estão se deixando levar por essa “onda”.
 
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