domingo, 20 de abril de 2008

Outros compostos estruturados das mais diversas formas:

2.1)a-be-cê, a-e-i-o-u, bê-a-bá, bicho-de-sete-cabeças,
cobra-de-sete-cabeças, comum-de-dois, deus-nos-acuda, há-de-haver,
maior-de-dois, mais-que-perfeito, maria-vai-com-as-outras,
parece-mas-não-é.

2.2)Nas formas verbais quando a elas se associam, encíclica ou
mesocliticamente, pronomes átonos.
amá-lo, fê-lo, louvais-me, louvamo-nos, conduze-o, pese-me, somo-lo,
trá-lo, repô-lo-iam.

2.3)Nas palavras formadas por elementos que representam formas reduzidas,
porquanto a redução fonética não os faz perder a individualidade
morfológica.
bel-prazer, euro-americano, euro-asiático, demo-liberal, indo-europeu,
médio-latino.

2.4)Os compostos iniciados por GRÃ ou GRÃO (grande), ou terminados por MOR
(maior):
grã-mestre, grão-mestre, grão-duque, almirante-mor, capitão-mor,
escrivão-mor, médico-mor, ouvidor-mor, sargento-mor, ouvidor-mor.

2.5)Nos vocábulos rematados pelos sufixos adjetivais tupis açu, guaçu em
mirim, por exigência da pronúncia, ou quando o primeiro elemento tem a
vogal final acentuada graficamente, ou termina por tônica nasal:
açaí-mirim, amoré-guaçu, cajá-açu, cajá-mirim, Guajará-Mirim, ingá-açu,
ingá-mirim, jacaré-açu, maracanã-açu, maracujá-mirim, sabiá-açu, saí-açu,
socó-mirim,

Mirim é também adjetivo de uso independente: artista mirim, jornalista
mirim, satélite mirim.

2.6)Nas combinaçõs simétricas onde entram palavras onomásticas ou não, e
nas datas:
Mistura água-álcool; o binômio professor-aluno; o desafio de xadrez
Inglaterra-França; Itaguaí, 7-4-2008.

2.7)Nos gentílicos derivados de topônimos compostos:
baixa-grandense, belo-horizontino, cabo-grandense, espírito-santense,
mato-grossense, nova-iorquino, ponta-grossense, ribeirão-pretano,
santa-mariense, três-lagoano, volta-redondense.

Escreve-se, porém:
costarriquenho, riberopretano, transmontano.

2.8)Os derivados diretos de compostos manêm o hífen destes:
co-autoria, contadoria-geral, extra-oficialmente, grã-finismo,
luso-brasileirismo, norte-americanizar, pão-durismo, pára-quedista,
sem-vergonhice, surdo-mudez, vice-almirantado.

2.9)Em certas expressões alienígenas correntias no português literário, no
foro e nas artes:
hábeas-córpus, mea-culpa, vice-versa.

Estas que seguem são formas nacionalizadas, ou adaptadas do latim:
fac-símile, mapa-múndi, supra-sumo, via-sacra.

Porém, sem o hífen:
a posterióri, honóris causa, in loco, lato sensu, pro forma.

2.10)Nas onomatopéias que constituem palavras compostas, ou por
expressividade gráfica:
bem-te-vi, bilo-bilo, caré-caré, clá-clá, diz-que-diz-que, fula-fula,
lero-lero, quero-quero, reco-reco, tico-tico, tique-taque, tique-tique.

Note-se que, quando os elementos estruturais são monossilábicos ou
inacentuados, as onomatopéias se tornam unidades vocabulares:
bambambã, bumbum, cacaracá, cocó, cococá, cocococó, fonfom, gluglu, gogó,
gogogó, tintim, tintintim, tororó, xixi, zunzum, zunzunzum.

Ainda: xiquexique, ziguezague, ziguezigue.

2.11)Nos compostos de sentido meramente convencional ou específico, isto é,
designativos de

Planta (árvore, arbusto)
boa-noite, boa-tarde, bom-pastor, bucho-de-boi, buquê-de-noiva,
chapéu-de-couro, copo-de-leite, esporão-de-galo, galinha-choca,
lágrima-de-moça, linda-flor, mil-folhas, milho-cozido, olho-de-gato,
onze-horas, pão-de-pobre, pingo-d'água, santa-fé, santa-maria.

Animal (ave, inseto, pássaro, peixe)
cabeça-branca, folha-seca, língua-de-mulata, mão-pelada, meia-pataca,
negra-velha.

Alimento, fruto, bebida
chapéu-velho, colchão-de-noiva, goela-de-pato, mal-assada.

Pessoa avara, indolente, rude, valente, etc.
boca-aberta, bom-moço, casca-grossa, mão-aberta, mão-de-padre, mosca-morta,
pão-duro.

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